Atualização do Preço do Café – 16/09/2025

O mercado global de café em 16 de setembro de 2025 manteve forte impulso, com os tipos Robusta e Arábica registrando movimentos significativos nos países produtores e nas bolsas internacionais. Apoiado por flutuações cambiais e oferta limitada, o preço do café permanece elevado, refletindo a forte demanda mundial e a volatilidade do mercado.

Preço do Café Robusta do Vietnã

O Vietnã – maior produtor mundial de Robusta – registrou preços firmes nas principais províncias. As cotações variaram de 121.500 – 123.000 VND/kg (USD 4,64 – 4,70/kg). A taxa de câmbio USD/VND a 26.158 reforçou a competitividade do café vietnamita no mercado exportador.

Preço do Café Arábica do Brasil

O Brasil – maior fornecedor mundial de Arábica – registrou preços sólidos em suas principais regiões produtoras. As cotações variaram de 39,67 – 41,83 BRL/kg (USD 7,46 – 7,86/kg). A taxa de câmbio USD/BRL a 5,32 fortaleceu ainda mais a competitividade internacional.

Preço do Café Arábica da Colômbia

A Colômbia – conhecida por seu Arábica de alta qualidade (FR94) – registrou preço de 26.120 COP/kg (USD 6,69/kg), com a taxa de câmbio USD/COP a 3.905.

Preço do Café Robusta da Indonésia

Na Indonésia, o Robusta de Sumatra foi negociado a 67.000 IDR/kg (USD 4,09/kg). A taxa de câmbio USD/IDR ficou em 16.377.

Futuros de Café Robusta – Bolsa de Londres

O mercado de futuros de Robusta na ICE Londres apresentou forte alta, com contratos subindo de +225 a +247 USD/tonelada.

Futuros de Café Arábica – Bolsa de Nova Iorque

Os contratos de Arábica na ICE Nova Iorque também tiveram forte alta, variando de +18,75 a +21,70 centavos/lb.

Não há isenção de tarifas para o café verde brasileiro. No entanto, uma nova ordem executiva emitida pelo governo dos EUA na semana passada havia gerado algumas esperanças.

Na realidade, Donald Trump promulgou uma ordem executiva que inclui isenções para importações como cacau e café das tarifas já existentes dos EUA.

Com efeito a partir de segunda-feira, 8 de setembro, a ordem altera as tarifas para “parceiros alinhados” que tenham estabelecido acordos comerciais com os EUA e reconhece que certos produtos não podem ser produzidos ou obtidos suficientemente no mercado interno.

A ordem designa categorias específicas para tratamento de tarifa zero, focando em itens que “não podem ser cultivados, minerados ou naturalmente produzidos” nos EUA ou que não estejam disponíveis em quantidades adequadas para satisfazer a demanda doméstica.

Entre os produtos isentos estão diversas frutas, incluindo bananas, abacates, mangas, mamões e kiwis.

Outros exemplos de alimentos e bebidas isentos são produtos de café, chá (incluindo verde e preto) e especiarias.

De acordo com a ordem executiva, as isenções dependerão de fatores como “a abrangência e o valor econômico” dos compromissos de um parceiro comercial com os EUA sob acordos recíprocos, bem como os “interesses nacionais” do país.

“O decreto é voltado para nações que são amigas e aliadas dos Estados Unidos. Infelizmente, entretanto, a relação do Brasil com os Estados Unidos está atualmente muito ruim, e quase não temos diálogo com o governo americano. No momento, nosso país já não é considerado um amigo pelos Estados Unidos”, disse o analista de mercado e diretor da Pharos Consultoria, Haroldo Bonfá, acrescentando que as tarifas de 50% impostas ao Brasil se baseiam em considerações políticas e não comerciais e que, por esse motivo, provavelmente permanecerão em vigor.